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Cidades inteligentes: Comece pelo porquê

By julho 9, 2019 abril 7th, 2022 No Comments

Uma forma interessante de refletir sobre cidades inteligentes é  pela perspectiva do propósito. O que queremos como comunidade? E o mais importante: por quê? Quais são as nossas maiores dores?

Para algumas pessoas, pode ser melhorar a mobilidade urbana e ganhar tempo de qualidade; para outros, o pedido pode ser por mais segurança, saúde ou questões básicas como acesso a água e saneamento. Grande parte dos temas estão relacionados, na essência, com qualidade de vida e bem-estar a um preço acessível. As necessidades mudam, a medida que são atendidas, como Maslow apontou lá no século passado.

A questão é que, na prática, a população tem aumentado e, consequentemente, cresce o consumo de recursos, geração de lixo e trânsito. E, na outra ponta, os recursos naturais estão em declínio, dando sinais que não conseguem sustentar o impacto. A conta não fecha!

A boa notícia é que nós, como sociedade, temos a capacidade de nos reinventar e pensar em formas criativas de melhorar nossa qualidade de vida, da mesma maneira que cuidamos da sustentabilidade do meio em que vivemos.

E vários cases de sucesso estão aí para nos inspirar, assim como os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que indicam os temas mais urgentes para nossa sociedade e planeta.

A tecnologia é um dos nossos aliados

O recente case de Joinville /SC e  o Waze for Cities, que utiliza big data para atuar na gestão da mobilidade urbana, é um ótimo exemplo de como a tecnologia apoia na tomada de decisão de melhorias no trânsito da cidade. Na prática, a comunidade ganhou mais tempo de qualidade. Pela perspectiva da sustentabilidade, pode-se dizer que a iniciativa contribuiu com o ODS 11 da ONU, que aborda a questão de Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Tudo junto e misturado

Na era da colaboração, uma ótima pedida é evoluir cada vez mais para modelos da economia compartilhada ou fatiada, em que o foco está em encontrar soluções criativas para aproveitar melhor o tempo ocioso de bens de consumo. É assim, por exemplo, que carros ou quartos sem uso entram na onda da inovação e sustentabilidade, com  os conhecidos apps de mobilidade Uber e Waze Carpool ou de estadia Airbnb. São novas formas de fazer negócio, com rentabilidade para quem os disponibiliza e um custo acessível para o cliente. Na visão da sustentabilidade, promovem ainda um grande benefício para Cidades e Comunidades (ODS11), já que não carregam os centros urbanos com mais carros ou novos prédios. A grande sacada está em compartilhar o que já existe!

Do linear ao circular

Pela perspectiva do processo produtivo, as oportunidades são inúmeras. Você já reparou quanto lixo produzimos por dia? O Brasil recicla apenas 1% do seu lixo plástico e, no mundo, apenas 9% foi reciclado até hoje.  O WWF alerta que fabricação do material dobrará até 2030. Qual será o impacto nas nossas cidades? Essa é a preocupação relacionada com o ODS 12, que aborda a questão do consumo e produção responsável.

E por que não avançar com iniciativas onde o lixo torna-se matéria-prima do processo produtivo? Ou seja, evoluir de um modelo linear (extração de matéria prima, consumo e descarte) para um modelo cíclico, onde o lixo retorna para o processo produtivo como matéria prima. Aplicando nas cidades, temos soluções como asfalto reciclado Plastic Road, feito com 70% de plástico reciclado e 30% de polipropileno, o que acaba com uma dor do mundo (o lixo), ao mesmo tempo que melhora a infraestrutura dos centros urbanos.

Visão holística para resultados sustentáveis

Com a abordagem multidimensional que combina ODS, natureza, diferentes stakeholders, propósito, tecnologia e criatividade, temos um universo de oportunidades para tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis, gerando valor compartilhado para todos.

Para evoluirmos para esse modelo, as organizações precisam incluir a sustentabilidade e inovação ativamente como estratégia do negócio, construindo seu planejamento pela perspectiva não somente interna, mas também dos seus stakeholders externos e do nosso planeta. Da mesma forma, as pessoas precisam estar cada vez mais conscientes de que as nossas escolhas hoje impactam o nosso amanhã.

Como disse Gandhi, seja a mudança que você quer ver no mundo. Temos inúmeros exemplos para nos inspirar a fazer a diferença. As cidades inteligentes começam pela mudança de mindset e atitude de cada um de nós.

Maria Regina RunzeDesigner, Consultora & Facilitadora » Comunicação, Cocriação, Liderança Criativa e Branding » Owner da WeShine Consulting e beBrand

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