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Sustentabilidade

Mundo BANI: Em meio aos caos como fazer a diferença

By | Criatividade, Futuro, Gestão, Gestão e tecnologia, Liderança, Propósito, Sustentabilidade | No Comments

“Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará…”

Lulu Santos já estava à frente quando sua música fez sucesso lá em 1983. Nada é como antes e nada será como antes. A pandemia é prova (ainda) viva disso. Mudamos a nossa rotina e o nosso ritmo tanto na vida pessoal quanto na profissional. E como lidar com esses cenários?

O questionamento que provocamos é para, justamente, refletirmos em um ponto que consideramos essencial: relações.

No mundo (pós) pandêmico as relações se misturaram e, mais do que nunca, tudo está em um mesmo pacote. Quem entende de gente, quem tem empatia, vai se dar melhor nesse mundo BANI e em meio ao caos é possível fazer a diferença. Você já deve saber o que é BANI, mas como liderar neste cenário em meio a tantas mudanças?
Bom, vamos resgatar o que é BANI e refletir o impacto disso.

BANI vem das iniciais em inglês Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible (frágil, ansioso, não linear e incompreensível), o conceito foi criado pelo antropólogo Jamais Cascio, por volta de 2018, mas com a pandemia do novo coronavírus acabou refletindo melhor a realidade de empresas e pessoas.

De que forma?

É importante destacar que o conceito BANI reflete nossa postura no dia a dia. Estamos mergulhados em um mundo de incertezas e TODOS, repetimos, TODOS, estão aprendendo a nadar juntos neste mundo caótico e instável. Tentar controlar ou evitar isso não é uma tarefa que aconselhamos, mas como ter um diferencial competitivo de um profissional ou empresa? A forma como você reage ao que acontece é que vai dizer.

Ser líder é (também) mostrar seus defeitos

Quando falamos que entender de gente é o que faz a diferença é porque sabemos da importância de se colocar no lugar do outro. Mostramos que estamos no mesmo barco, passando pelos mesmos desafios e aprendendo juntos a solucionar problemas e ver, na verdade, oportunidades nas situações do dia a dia. BANI nos apresenta diferentes perspectivas para que possamos agir diante de tudo o que vêm acontecendo. Você está preparado?

Como liderar neste cenário pandêmico

Quem lidera não deixa ninguém para trás. É um trabalho de co-criação e essa cultura de colaboração deve ser buscada constantemente, além de investir em capacitação para que os profissionais possam ter um propósito e fazer a diferença para a empresa (é preciso uma sinergia e uma relação de confiança: eu acredito em você e invisto em você; eu acredito em você e entrego o meu melhor para você). É importante o profissional se sentir seguro em seu ambiente de trabalho e o líder faz muito bem isso se está presente e concentrado nas conversas, se faz perguntas com o intuito de aprender com os colegas e se ao invés de culpar, busca achar soluções. Neste sentido, compartilhamos algumas dicas de ouro para que você lidere com excelência e inspire colegas e profissionais, mostrando que a transparência em todas as relações é o melhor negócio.

Confira nossas dicas

  1. Mostre resiliência.
  2. Tenha atenção plena em suas ações e seja empático com as pessoas.
  3. Adapte-se de forma rápida às situações do dia a dia.
  4. Aprenda com os erros e inove em suas ações.
  5. Seja transparente.
  6. Acredite mais na sua intuição – ela pode te ajudar em vários momentos (somos pessoas e não máquinas!).
  7. Desenvolva competências e prepare seus profissionais.
  8. Faça perguntas provocativas e discuta sobre soluções e não erros.
  9. Esteja presente, mostre interesse quando o profissional está conversando.
  10. Busque informações antes de tomar qualquer decisão que venha fazer você se arrepender.

Para entender a mudança como algo natural e fazer com que a gente consiga trabalhar as mais variadas questões de forma clara, é preciso que a liderança esteja equilibrada, promovendo um ambiente aberto para diálogos.

E aí, curtiu? Compartilhe esse conteúdo e nos acompanhe aqui para mais novidades.

Maria Regina RunzeDesigner, Consultora & Facilitadora » Comunicação, Cocriação, Liderança Criativa e Branding » Owner da WeShine Consulting e beBrand

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Cidades inteligentes: Comece pelo porquê

By | Futuro, Gestão, Sustentabilidade | No Comments

Uma forma interessante de refletir sobre cidades inteligentes é  pela perspectiva do propósito. O que queremos como comunidade? E o mais importante: por quê? Quais são as nossas maiores dores?

Para algumas pessoas, pode ser melhorar a mobilidade urbana e ganhar tempo de qualidade; para outros, o pedido pode ser por mais segurança, saúde ou questões básicas como acesso a água e saneamento. Grande parte dos temas estão relacionados, na essência, com qualidade de vida e bem-estar a um preço acessível. As necessidades mudam, a medida que são atendidas, como Maslow apontou lá no século passado.

A questão é que, na prática, a população tem aumentado e, consequentemente, cresce o consumo de recursos, geração de lixo e trânsito. E, na outra ponta, os recursos naturais estão em declínio, dando sinais que não conseguem sustentar o impacto. A conta não fecha!

A boa notícia é que nós, como sociedade, temos a capacidade de nos reinventar e pensar em formas criativas de melhorar nossa qualidade de vida, da mesma maneira que cuidamos da sustentabilidade do meio em que vivemos.

E vários cases de sucesso estão aí para nos inspirar, assim como os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que indicam os temas mais urgentes para nossa sociedade e planeta.

A tecnologia é um dos nossos aliados

O recente case de Joinville /SC e  o Waze for Cities, que utiliza big data para atuar na gestão da mobilidade urbana, é um ótimo exemplo de como a tecnologia apoia na tomada de decisão de melhorias no trânsito da cidade. Na prática, a comunidade ganhou mais tempo de qualidade. Pela perspectiva da sustentabilidade, pode-se dizer que a iniciativa contribuiu com o ODS 11 da ONU, que aborda a questão de Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Tudo junto e misturado

Na era da colaboração, uma ótima pedida é evoluir cada vez mais para modelos da economia compartilhada ou fatiada, em que o foco está em encontrar soluções criativas para aproveitar melhor o tempo ocioso de bens de consumo. É assim, por exemplo, que carros ou quartos sem uso entram na onda da inovação e sustentabilidade, com  os conhecidos apps de mobilidade Uber e Waze Carpool ou de estadia Airbnb. São novas formas de fazer negócio, com rentabilidade para quem os disponibiliza e um custo acessível para o cliente. Na visão da sustentabilidade, promovem ainda um grande benefício para Cidades e Comunidades (ODS11), já que não carregam os centros urbanos com mais carros ou novos prédios. A grande sacada está em compartilhar o que já existe!

Do linear ao circular

Pela perspectiva do processo produtivo, as oportunidades são inúmeras. Você já reparou quanto lixo produzimos por dia? O Brasil recicla apenas 1% do seu lixo plástico e, no mundo, apenas 9% foi reciclado até hoje.  O WWF alerta que fabricação do material dobrará até 2030. Qual será o impacto nas nossas cidades? Essa é a preocupação relacionada com o ODS 12, que aborda a questão do consumo e produção responsável.

E por que não avançar com iniciativas onde o lixo torna-se matéria-prima do processo produtivo? Ou seja, evoluir de um modelo linear (extração de matéria prima, consumo e descarte) para um modelo cíclico, onde o lixo retorna para o processo produtivo como matéria prima. Aplicando nas cidades, temos soluções como asfalto reciclado Plastic Road, feito com 70% de plástico reciclado e 30% de polipropileno, o que acaba com uma dor do mundo (o lixo), ao mesmo tempo que melhora a infraestrutura dos centros urbanos.

Visão holística para resultados sustentáveis

Com a abordagem multidimensional que combina ODS, natureza, diferentes stakeholders, propósito, tecnologia e criatividade, temos um universo de oportunidades para tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis, gerando valor compartilhado para todos.

Para evoluirmos para esse modelo, as organizações precisam incluir a sustentabilidade e inovação ativamente como estratégia do negócio, construindo seu planejamento pela perspectiva não somente interna, mas também dos seus stakeholders externos e do nosso planeta. Da mesma forma, as pessoas precisam estar cada vez mais conscientes de que as nossas escolhas hoje impactam o nosso amanhã.

Como disse Gandhi, seja a mudança que você quer ver no mundo. Temos inúmeros exemplos para nos inspirar a fazer a diferença. As cidades inteligentes começam pela mudança de mindset e atitude de cada um de nós.

Maria Regina RunzeDesigner, Consultora & Facilitadora » Comunicação, Cocriação, Liderança Criativa e Branding » Owner da WeShine Consulting e beBrand

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